Controle de EPI: Como Agilizar o Processo

Maximizando a Eficiência no Controle de EPI's

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Um dos principais desafios da área de Segurança e Saúde do Trabalho é agilizar o processo de Controle e Entrega dos EPI’s. E, as estatísticas demonstram que é um dos itens das NR’s que mais são inspecionados no ambiente de trabalho.

A entrega de EPI’s comumente é um processo manual e controlado por meio de Fichas de Controle de EPI’s. São atividades que exigem a verificação das informações dos trabalhadores, o controle de datas, tipos de EPI’s, quantidade de EPI’s, etc., além disso, para manter tudo atualizado demandam tempo dos profissionais da SST.

Nas indústrias verificamos que diversos profissionais utilizam planilhas eletrônicas para o controle do processo de entrega dos EPI’s, o que termina gerando um volume elevado de informações e em diversas situações aumenta a dificuldade de manter os dados dos trabalhadores atualizados, portanto, consumimos mais tempo na coleta e análise dos dados.

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Quando melhoramos o processo de controle de entrega de EPI’s promovemos um ambiente de trabalho mais seguro, evitamos as multas, otimizamos o controle de documentos da SST e garantimos a conformidade dos requisitos das NR’s.

Outras vantagens relacionadas com a melhoria do processo de controle de EPI’s é que reduzimos a exposição aos riscos ocupacionais e a probabilidade de acidentes de trabalho e ações trabalhistas decorrentes das falhas no controle.

Para garantir os benefícios do Controle de Entrega de EPI’s e aumentar a qualidade e produtividade dos profissionais da área de SST é necessário conhecer o próprio processo e buscar tecnologias para o controle da segurança e saúde do trabalho que garantam a mobilidade, agilidade e controle das informações dos trabalhadores.

A Importância do Controle de EPI

Em qualquer ambiente de trabalho que forneça riscos à saúde do trabalhador o controle de EPI é fundamental, não só pelo fato de que a falta do uso ou uso inadequado desses equipamentos estão entre as principais causas de acidentes de trabalho, mas também por vários fatores legais e a questão de prevenção.

Segundo a NR 06, as empresas devem fornecer os EPI’s aos trabalhadores e serem responsáveis pela manutenção e pelo controle destes equipamentos. Este controle que, geralmente é feito através de fichas à mão, é de suma importância para o registro de entrega, troca ou devolução.

Por exemplo, em uma situação em que o empregador fornece os EPI’s adequadamente para seus empregados, e em alguma situação, um destes trabalhadores sofre um acidente de trabalho devido ao não uso do equipamento e você não possui ou perdeu a ficha que comprove a entrega do EPI para o mesmo, neste caso o empregador será multado e ainda deverá pagar uma indenização ao empregado envolvido no acidente.

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O problema ainda pode vir por parte do empregador, por exemplo em um caso que, por falta de atenção ou até mesmo por negligência, o empregador fornece equipamentos com o prazo de validade expirado e algum trabalhador se acidenta por este motivo, as consequências serão as mesmas do caso citado anteriormente.

Foram apenas dois exemplos de como o controle adequado dos equipamentos de proteção individual é imprescindível para um ambiente de trabalho seguro, mais do que apenas entregar os EPI’s, o empregador deve se atentar muito ao controle dos mesmos, pois um controle inadequado é prejudicial para ambas as partes.

Conheça o Processo de Controle de EPI

Entrega do EPI

O objetivo é registrar o fornecimento gratuito ao trabalhador do EPI adequado ao risco que este trabalhador está exposto, conforme o disposto no ANEXO I da NR 06 – Equipamento de Proteção Individual – EPI. É necessário garantir que o EPI tenha a indicação do Certificado de Aprovação (CA), a data de validade e se foi inspecionado, garantindo o correto funcionamento, a higienização e a manutenção periódica. 

O trabalhador recebe uma comunicação (recibo) de entrega do EPI da empresa com informações sobre a Função Exercida, Tipo de equipamento, Número de CA, Quantidade Recebida, Data de Retirada e Devolução do EPI, Motivo para Entrega e Recebimento (MER) e Assinaturas por parte da Empresa e Trabalhador.

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No processo de controle de EPI é possível usar tecnologias que garantem a segurança das informações dos trabalhadores como, por exemplo, a Biometria Facial e a entrega do EPI com assinatura digital. Desta forma, será possível reduzir erros no controle e aumentar o controle dos EPI’s dos trabalhadores.

Troca & devolução de EPI’s

A troca e devolução do EPI também se dá pelo registro do prontuário dos trabalhadores que receberam EPI’s, possibilitando manter as informações atualizadas e disponíveis para a análise dos profissionais de SST.

Por meio do prontuário dos trabalhadores que receberam EPI’s é possível registrar a troca ou devolução do EPI tal qual o motivo pelo qual a devolução ou troca está acontecendo.

Higienização & manutenção de EPI’s

É necessário desenvolver atividades que garantam o controle da entrega dos EPI’s higienizados aos trabalhadores, ou seja, livres de resíduos, impurezas, suor, entre outros, evitando danos à saúde do trabalhador e a degradação do material do EPI. Exigência prevista na NR 06 – item 6.6.1 “f” e inserida nas informações que serão encaminhadas para diferentes instituições por meio do Sistema Digital e-Social.

Pesquisas demonstram que a Higienização & Manutenção é um processo crítico pois dificilmente os fabricantes de EPI’s demonstram os produtos de limpeza adequados aos materiais usados na fabricação dos EPI’s, reduzindo com isso a vida útil (durabilidade e confiabilidade) do equipamento.

Treinamento para uso do EPI

Desenvolver um programa de treinamento permanente sobre o uso adequado, armazenamento e conservação dos EPI’s é de extrema importância, pois o uso inadequado pode acarretar em acidentes. É destacada a necessidade de registrar e controlar os treinamentos ministrados e realizados pelos trabalhadores. A qualificação do profissional que usa o equipamento reduz a degradação, envelhecimento e, principalmente, falhas dos EPI’s decorrentes do uso e armazenamento inadequado.

Gestão de estoques

É necessário manter um sistema atualizado sobre a quantidade disponível dos equipamentos para a entrega, reposição ou troca. É necessário desenvolver indicadores de gestão de estoques que apoiem as atividades de compra (custos), controle de armazenamento (qualidade) e tempo (reposição), garantindo a disponibilidade dos EPI’s para a entrega ao trabalhador.

Agilizando o processo

A substituição das tradicionais fichas de controle de EPI’s por um processo de controle ágil e mobile melhora a tomada de decisão, e, principalmente, garante a saúde e segurança do trabalhador no dia a dia da indústria de maneira simples.

Fazer o uso da tecnologia, através de aplicativos que te ajudam a realizar todo o controle, automatizando alguns passos e economizando muito tempo é a melhor maneira de agilizar todo este processo.

No lugar da ficha de papel, um sistema que registre a entrega, troca ou devolução, validadas através de biometria e que seja capaz de gerar os relatórios, irá poupar muito trabalho e facilitar a rotina do profissional de SST dentro da empresa.

Um sistema para automatizar este processo, ainda representa o atendimento aos requisitos das NR’s (NR 01, 06, 07, 09, 17, 18, entre outras), exigências do e-Social e redução de custos com EPI’s. Aspectos que reduzem os acidentes de trabalho e podem eliminar ações trabalhistas decorrentes sobre as exigências do Controle de Entrega de EPI’s.

Referências

VIEIRA, D.E. Desenvolvimento e avaliação de produtos de limpeza para equipamentos de proteção individual e coletivos aplicados na manutenção de redes de energia elétrica. Dissertação. Universidade Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais. Disponível em: <https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/37040>. Acesso em: 25/06/2016.

NORMA REGULAMENTADORA – NR 06 – Equipamento de Proteção Individual – EPI. Portaria GM n° 3.214, de 08 de junho de 1978. Atualizada: Portaria MTE n° 505, de 16 de abril de 2015. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf>. Acesso em: 27/06/2016.

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