Guia prático para máscara contra o Coronavírus

Guia prático para máscara contra o Coronavírus

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A Confederação Nacional de Saúde (CNS) mantém informações atualizadas em relação à pandemia do Coronavírus (COVID-19) e, até 21 de abril de 2020, estavam confirmadas 43.078 pessoas infectadas e 2.741 óbitos por causa do vírus, gerando um índice de 6.4% de fatalidade. Índice que coloca o Brasil como o 2º país das Américas com mais casos com morte pelo Coronavírus.

Observa-se que desde que o primeiro caso apareceu no Brasil, 26 de fevereiro de 2020, diversas medidas de isolamento e distanciamento social e ações preventivas vem sendo adotadas para reduzir a transmissão do vírus na população. E uma das ações mais utilizadas e adotadas nos hospitais e empresas é o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI‘s).

Uma ênfase maior vem sendo dada ao uso dos EPI’s pelos profissionais da área de saúde e trabalhadores que atuam em empresas de atividades críticas para o próprio funcionamento do setor da saúde (higienização e limpeza), assim como, para o abastecimento da população tais, como, a indústria de alimentos, transporte, farmacêutica, postos de combustível, entre outros.

A nossa equipe, em abril, lançou a campanha para o uso da tecnologia OnSafety de forma gratuita no Controle e Entrega de EPI’s em hospitais e indústrias que continuam atuando e estão tendo um alto volume de entrega de equipamentos de proteção individual como, máscaras de proteção facial de alta eficiência (N95 ou respirador com classificação PFF2 – Peça Semifacial Filtrante), luvas, uniformes, sapatos, entre outros. Com a tecnologia é possível reduzir o contato físico e evitar a contaminação entre os profissionais da linha de frente do combate ao coronavírus e os que são responsáveis por distribuir os EPI’s.

Movimentação da Pandemia para as Américas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem destacando que os países da América Latina ainda vão experimentar momentos críticos e que devem expandir o uso de medidas preventivas e expandir a capacidade de diagnóstico do Coronavírus. Essa afirmação decorre porque o epicentro está se deslocando da Europa para os países das Américas, observa-se que em 87 dias 54 países já tem casos registrados, destacando-se os Estados Unidos com 83% dos casos, Brasil acumula 4,5% e México que registra uma elevada subnotificação de casos.

Uma das principais respostas para frear a transmissão do vírus e mitigar os impactos na saúde da população na região é continuar com o isolamento e distanciamento social. Além disso, incentivar o uso de máscaras faciais caseiras para as pessoas que por motivos especiais precisam se deslocar nas cidades.

Durante a campanha realizada pela Equipe OnSafety para o Controle e Entrega de EPI’s identificou-se que diversas dúvidas surgem na população quanto ao uso, fabricação e higienização de máscaras caseiras de proteção individual. Apesar da máscara caseira não poder ser considerada um EPI’s com Certificado Aprovado (CA), uma vez que ainda é necessário avaliar o atendimento dos requisitos normativos, diversos países vem estimulando o uso de máscaras caseiras para a população com o movimento Máscaras para Todos (Masks4all).

A nossa Equipe OnSafety buscou reunir neste post informações que possam orientar o uso, fabricação e higienização das máscaras caseiras a partir de informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, o movimento Masks4all, publicações científicas e o Grupo de Estudo em Evidências Científicas em COVID-19 da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Uso de Máscaras Caseiras

A indicação do uso de máscaras caseiras é para lugares públicos ou de trabalho como, em fábricas, no transporte urbano, oficinas mecânicas, supermercados, farmácias, padarias, especialmente em áreas de transmissão comunitária significativa, evitando a transmissão por pessoas assintomáticas ou pré assintomáticas.

No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) lançou a campanha digital para o uso e fabricação de máscaras caseiras, dia 02/04/2020, como um item vital para evitar a propagação do vírus. Destaca que depois de duas horas é preciso trocar ou quando apresentar umidade excessiva ou sujidades. E, o ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas máscaras de tecido (Tecido não-tecido, conhecido como TNT (3 camadas) ou tecido de algodão (2 camadas)).

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O uso da máscara é citada por diversos especialistas como uma barreira mecânica na propagação do Coronavírus, cujo intuito é proteger as pessoas e suas famílias, mas não é uma medida de autoproteção. Ainda, máscaras de tecido não são recomendadas para o uso dos profissionais da área da saúde.

O Grupo de Pesquisadores da UEM destacam que “o uso impróprio das máscaras, como não trocá-las, pode ameaçar o efeito protetor e até aumentar o risco de infecção. Assim, são necessárias medidas como: higienizar as mãos antes de colocar as máscaras; seguir as orientações corretas na colocação; não colocar a mão na máscara em hipótese alguma; e, descartar ou higienizar as máscaras corretamente.”.

O uso da máscara caseira é individual, não pode ser dividida com ninguém e deve ser higienizada corretamente. O importante é que a máscara caseira seja fabricada nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e fique bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

Como Usar Máscaras Caseiras para Proteção do Coronavírus

Lembre-se de usar a máscara caseira sempre que precisar sair de casa independente do tempo, distância ou motivo do deslocamento. Para evitar uma contaminação ou reduzir uma exposição por um longo período, saia sempre com pelo menos uma reserva e leve uma sacola para guardar a máscara suja quando precisar trocar. Sempre procure identificar a máscara para evitar contaminações na hora da higienização ou descarte.

Ao ficar exposto a pessoas ou ambientes contaminados é necessário descartar a máscara. Para isso, ao chegar em casa borrife uma solução de água com água sanitária (2 colheres de sopa de água sanitária para 1 litro de água) antes de descartar. Evitando com isso que outras pessoas possam ser contaminadas ao manipular o item descartado como, por exemplo, coletadores, recicladores, profissionais de limpeza ou morador de rua.

Fabricação de Máscaras Caseiras

Para produzir as máscaras caseiras ou máscaras de tecidos é recomendado o uso do tecido plano como, por exemplo, cotton (composto de poliéster 55% e algodão 45%), tricoline e cretone, tecidos de malha, tecido de algodão (como camisetas 100% algodão) e/ou tecido não-tecido conhecido como TNT, usando no mínimos duas ou três camadas.

O processo de produção inicia com o corte de peças retangulares de 20.0 x 37.5 cm e passe a máquina de costura (overloque) nas laterais menores da peça. Em seguida, dobre o tecido ao meio do lado mais longo (20.0 cm) e faça as canaletas com dobras de 0,5 cm para costurar e passar o elástico. Neste modelo, ainda é possível utilizar o lado aberto como uma opção para colocar um filtro como, por exemplo, papel toalha, bloqueando ainda mais as partículas do vírus.

Fabricação de Máscaras Caseiras. Fonte: DDM / UEM (2020).

Outros modelos de fabricação de máscaras de tecidos ainda podem ser consultados no relatório de evidências sobre o uso de máscaras para a ampla população elaborado pelo Grupo de Estudo em Evidências Científicas em COVID-19 da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Higienização de Máscaras Caseiras

A higienização das máscaras caseiras é extremamente importante para reduzir a probabilidade de infecção do usuário e evitar a propagação do vírus nas nossas residência, locais de trabalho ou locais públicos. As principais recomendações propostos pelos órgãos de saúde pública e especialistas para a higienização das máscaras são:

  • Lavar com água e sabão, deixando em contato por no mínimo 30 minutos;
  • se possível, usar a água em temperaturas altas, como 70ºC;
  • mergulhar em uma solução de hipoclorito (2,0 a 2,5%), com contato por no mínimo de 30 minutos. A proporção de diluição a ser utilizada é de uma parte de água sanitária para 50 partes de água como, por exemplo, 10 ml de água sanitária para 500ml de água potável;
    *Mas deve-se cuidar para a não degradação do tecido e permanência de odores residuais.
  • não usar amaciantes;
  • secar naturalmente. As máscaras devem estar sempre secas para a reutilização;
  • passar a ferro quente, com temperatura superior a 70ºC e acondicioná-las em saco plástico.

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